A medida, segundo o presidente da Cooperativa de Transporte Alternativo Complementar do RN (Cooptac/RN), Eudes Severino Máximo, em média, dois mil taxistas atuam em Mossoró.
"Queremos a legalização do transporte alternativo intermunicipal e que nos permitam deixar os passageiros em seu destino final. Essa proibição afetará não só os taxistas, mas também, em média, 12 mil passageiros que vêm diariamente à cidade. Essas pessoas não podem ser renegadas desta forma, pois ajudam a movimentar a economia local", afirma o presidente.
Eudes Máximo conta que, ao proibir os passageiros de subirem ou descerem dos táxis no centro da cidade, local que atrai a maioria das pessoas que vem de outras cidades, a PMM faz com que elas tenham que gastar mais dinheiro com passagem rumo ao destino final, o que seria impossível para aqueles de menor renda. O problema seria ainda maior para aqueles que têm de vir a Mossoró diariamente, que além de dinheiro, gastariam mais tempo para chegar ao trabalho ou escola, por exemplo.
"Essa medida da Prefeitura é desumana e irresponsável. Imagine as pessoas que, diariamente, chegam à cidade para tratamento médico em táxis, pois algumas prefeituras contratam o serviço devido à insuficiência de ambulâncias, tendo de, mesmo debilitadas, pagar mais dinheiro e levar mais tempo para chegarem aos hospitais", disse o professor Walter Sales.
Além dos representantes dos municípios de origem, os taxistas também têm o apoio da CDL, uma vez que as pessoas trazidas diariamente pelos profissionais ajudam a movimentar a economia de Mossoró. Os vereadores Genivan Vale (Pros) e Tomaz Neto (PDT) também abraçaram à causa e vão entrar com um requerimento conjunto pedindo a suspensão da medida até que haja uma solução viável que não cause impactos negativos nem para o taxista, nem para os passageiros de outros municípios e nem para a economia da cidade.
Os taxistas estão realizando constantes reuniões para discutir os impactos causados pela proibição de embarcarem e desembarcarem passageiros no Centro. A categoria deve se reunir novamente na próxima semana e planeja atos e protestos em diferentes pontos.
Segundo o gerente executivo municipal de Mobilidade, Luis Correia, a proibição de embarque e desembarque no Centro faz parte do reordenamento da mobilidade na cidade e também se deve ao descumprimento pelos taxistas a determinações da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANT). Ele conta que os profissionais não seguem, por exemplo, rota fixa e nem fazem registro e controle do número de passageiros por dia.
Passageiros de outras cidades terão de se dividir entre dois terminais fora do Centro
Luis Correia afirma que os táxis intermunicipais terão de se dirigir a dois terminais: um no bairro Aeroporto e outro na Feira do Bode, localizada na Universidade Federal Rural do Semi-Árido (Ufersa). Ele conta que os taxistas poderão estacionar no centro da cidade, mas não poderão estar com passageiros no carro, ou serão multados por transporte ilegal de passageiros, considerado infração média.
"Estamos reordenando a mobilidade na cidade e os taxistas intermunicipais não poderiam ficar de fora. A mudança entra em vigor no dia 10 de junho, quando os novos ônibus devem começar a circular e será uma alternativa às pessoas de outras cidades chegarem ao seu destino final, além de táxis municipais e mototáxis, que terão pontos instalados nos dois terminais intermunicipais", explica o gerente.
Luis Correia informa que passageiros de Grossos, Tibau, Aracati, Fortaleza e Governador Dix-sept Rosado, por exemplo, devem utilizar o terminal no bairro Aeroporto. Já as pessoas das cidades de Natal, Assú, Angicos e Upanema, dentre outras, devem embarcar e desembarcar no terminal a ser instalado na Feira do Bode.
"Estamos reordenando a mobilidade na cidade e os taxistas intermunicipais não poderiam ficar de fora. A mudança entra em vigor no dia 10 de junho, quando os novos ônibus devem começar a circular e será uma alternativa às pessoas de outras cidades chegarem ao seu destino final, além de táxis municipais e mototáxis, que terão pontos instalados nos dois terminais intermunicipais", explica o gerente.
Luis Correia informa que passageiros de Grossos, Tibau, Aracati, Fortaleza e Governador Dix-sept Rosado, por exemplo, devem utilizar o terminal no bairro Aeroporto. Já as pessoas das cidades de Natal, Assú, Angicos e Upanema, dentre outras, devem embarcar e desembarcar no terminal a ser instalado na Feira do Bode.
Do Mossoroense