Programa Ciência sem Fronteiras

Uern e Ufersa lançam chamadas para intercâmbio de estudantes no exterior.

Os alunos interessados em participar do programa Ciência sem Fronteiras, desenvolvido pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), em conjunto com o Ministério da Educação (MEC), têm até o dia 8 de julho para efetivar suas inscrições. Atualmente, estão abertas chamadas para bolsas de graduação sanduíche para Alemanha, Canadá, Estados Unidos, Japão e Hungria. Em Mossoró, a seleção está sendo feita tanto pela Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (Uern) quanto pela Universidade Federal Rural do Semi-Árido (Ufersa).
O objetivo do Ciência sem Fronteiras, lançado em 2011 pelo Governo Federal, é disponibilizar, até 2015, o total de 101 mil bolsas de intercâmbio, de forma a contemplar alunos de graduação e pós-graduação.
Na área de graduação, pode participar da seleção qualquer aluno brasileiro que esteja regularmente matriculado dentro das áreas prioritárias; que tenha integralizado no mínimo 20% e no máximo 90% da carga horária do seu curso (no momento do início previsto para a viagem de estudos); obtido nota igual ou superior a 600 pontos no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) em exames realizados a partir de 2009; que apresente perfil de aluno de excelência (IRA 7,0 ou maior); comprove proficiência em língua estrangeira (de acordo com as respectivas chamadas); e que não tenha usufruído de bolsa de graduação sanduíche no exterior financiada totalmente ou parcialmente pela Capes ou CNPq.
De acordo com o professor Iron Dantas, coordenador do programa na Uern, o processo de seleção dura em média seis meses. "É preciso primeiro que o aluno preencha o formulário disponível no site da Uern (www.uern.br), e depois um outro formulário, acessado no site do próprio programa (www.cienciasemfronteiras.gov.br). Todas as etapas de seleção duram em média seis meses. Nós tínhamos 10 alunos no exterior, hoje são oito, já que dois retornaram ao país. Esses discentes são encaminhados para as melhores instituições de ensino superior do exterior e passam por um salto de qualidade indescritível", explica, revelando que uma docente da Uern também foi contemplada com bolsa e está cursando doutorado em Portugal.

Número de vagas para o programa varia de acordo com a disponibilidade de cada país parceiro

Segundo o professor Iron Dantas, não é possível delimitar o número de vagas disponíveis em cada seleção, uma vez que esse número varia de acordo com a disponibilidade de cada país parceiro. Ao longo do intercâmbio, que pode durar até 18 meses, os estudantes cursam disciplinas no exterior, conhecem novos idiomas e culturas diferentes.
"Essas disciplinas são aproveitadas quando o aluno retorna ao Brasil. Durante o intercâmbio, ele ainda pode participar de estágios, realizar pesquisas, enfim, aprimorar seus conhecimentos, vivendo experiências educacionais com qualidade", relata Iron Dantas, acrescentando que até o mês de setembro cinco novos discentes da Uern, contemplados na primeira chamada de 2013 do Ciência sem Fronteiras, irão embarcar para países como Austrália, Estados Unidos, Alemanha e Itália.
Na Ufersa, as inscrições para a nova chamada do programa devem ser feitas na Assessoria de Relações Internacionais, localizada no Campus Leste da instituição. A Universidade integra o Ciência sem Fronteiras desde seu lançamento, em 2011. Hoje, 11 estudantes da instituição fazem parte do programa e ganharam bolsa para cursar parte da graduação em países da Europa e nos Estados Unidos. "No final de junho mais dois alunos serão encaminhados para o exterior. O programa é importante, pois possibilita que os alunos tenham contatos com outros países, melhorem sua formação acadêmica, conheçam um universo diferente daquele que está habituado", destaca a professora Elizângela Cabral, coordenadora do Ciência sem Fronteiras na Ufersa.
Os estudantes selecionados para o programa recebem benefícios como mensalidades, auxílio-instalação, seguro saúde, auxílio-deslocamento e taxasescolares, quando houver. Entre as áreas contempladas pelo projeto, estão Ciências Exatas e da Terra; Biologia, Ciências Biomédicas e da Saúde; Computação e Tecnologias da Informação e Petróleo, Gás e Carvão Mineral.

Meta do programa Ciência sem Fronteiras até 2015 são:

Doutorado sanduíche - 24.600 bolsas
Doutorado pleno - 9.790
Pós-doutorado -11.560
Graduação sanduíche - 27.100
Treinamento de especialização no exterior (empresa) - 700
Jovem cientista grande talento (No Brasil) - 860
Pesquisador Visitante especial (No Brasil) - 390
Total de bolsas: 75 mil*

* Além dessas bolsas oferecidas pelo Governo Federal, mais 26 mil serão concedidas com recursos da iniciativa privada.