quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Crise: O Brasil faz parte do mundo

Por José Arbex Jr.

Afinal, a crise vai ou não “estourar” no Brasil? Não é preciso ser Lênin nem mãe Diná para afirmar que a crise é inevitável, num mundo em que a fome atinge um em cada sete seres humanos, em que nos países centrais as populações tomam as ruas em manifestações contra o capital e em que mesmo as ferozes ditaduras do Oriente Médio sucumbem aos golpes assestados pelos movimentos de massa. Mas não é ainda possível dizer quando a crise virá, por uma série de razões que concorrem para tornar o quadro “doméstico” bastante complexo. Entre elas:

A febre especulativa propiciada pela Copa do Mundo de 2014 e pelos Jogos Olímpicos de 2016, com a hiperatividade da construção civil e setores relacionados que geram empregos e uma falsa sensação de “prosperidade” (como aconteceu antes, por exemplo, na Espanha e na Grécia);

A festa de capitais especulativos atraídos pelos mais altos juros praticados no planeta e a de investimentos diretos que aproveitam um quadro de contenção dos movimentos de trabalhadores e consequente arrocho promovidos pelo lulismo;

Uma política de movimentação da economia mediante o endividamento crescente da população; Políticas de compensação social, como o Bolsa Família, que beneficiam cerca de 60% da população e permitem o ingresso de novos contingentes populacionais na esfera do consumo

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