Por José Arbex Jr.
Afinal, a crise vai ou não “estourar” no Brasil? Não é preciso ser Lênin nem mãe Diná para afirmar que a crise é inevitável, num mundo em que a fome atinge um em cada sete seres humanos, em que nos países centrais as populações tomam as ruas em manifestações contra o capital e em que mesmo as ferozes ditaduras do Oriente Médio sucumbem aos golpes assestados pelos movimentos de massa. Mas não é ainda possível dizer quando a crise virá, por uma série de razões que concorrem para tornar o quadro “doméstico” bastante complexo. Entre elas:
A febre especulativa propiciada pela Copa do Mundo de 2014 e pelos Jogos Olímpicos de 2016, com a hiperatividade da construção civil e setores relacionados que geram empregos e uma falsa sensação de “prosperidade” (como aconteceu antes, por exemplo, na Espanha e na Grécia);
A festa de capitais especulativos atraídos pelos mais altos juros praticados no planeta e a de investimentos diretos que aproveitam um quadro de contenção dos movimentos de trabalhadores e consequente arrocho promovidos pelo lulismo;
Uma política de movimentação da economia mediante o endividamento crescente da população; Políticas de compensação social, como o Bolsa Família, que beneficiam cerca de 60% da população e permitem o ingresso de novos contingentes populacionais na esfera do consumo
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