Dia movimentado para a cultura mossoroense.

Workshop de música, lançamento de livro e documentário marcam a quinta-feira mossoroens

Do Mossoroensse

Dia movimentado para a cultura mossoroense. Quebrando a rotina de poucas atrações no meio cultural a cidade tem à disposição três boas atrações divididas entre a tarde e à noite de hoje.
No Sesc, a partir das 15h, será realizado um workshop ministrado pelo violonista mossoroense radicado na Itália, Márcio Rangel. A programação que faz parte do projeto Violões do Sesc está marcada para iniciar às 15h.

O Projeto Violões do Sesc apresentará, a partir das 15h, o trabalho do músico mossoroense Márcio Rangel que encabeça o workshop denominado "Vivências violonísticas no Brasil e exterior: andanças de um violão invertido".

Com larga experiência no exterior, Rangel apresenta técnica que contempla noções de violão para canhotos: "Esse projeto é o mesmo que já fiz na Europa, antes de vir para o Brasil", diz. Rangel já esteve em vários países divulgando a técnica Upside Down Guitar e tem ministrando palestras para músicos que queiram desenvolver a nova maneira de tocar.

A partir das 19h30, o músico realizará concerto e palestra onde abordará temáticas relacionadas à gestão no universo da arte. Gratuitas e sem vagas limitadas, as inscrições poderão ser feitas na sala de cinema do Sesc, até os momentos que antecedem o início da programação.

Já o Partage Shopping Mossoró sediará dois eventos: o lançamento do livro do jornalista Dinarte Assunção, “Sobre Viver” (Bons Costumes/Jovens Escribas) e a estreia do documentário “Os Últimos Cangaceiros”, ambos no Multicine Cinemas.

A programação será aberta com a apresentação de um dos livros mais impactantes lançados este ano no Rio Grande do Norte: “Sobre Viver” do jornalista Dinarte Assunção será apresentado em sessão de autógrafos que será estendida à Câmara Municipal de Areia Branca nesta sexta-feira.

O outro evento desta quinta-feira cultural será a estreia do filme Os Últimos Cangaceiros, do diretor cearense Wolney Oliveira, com sessões às 19h e às 21h. O filme é vencedor de vários festivais desde 2011, sendo o último o de melhor longa-metragem ibero-americano no Festival Internacional de Documentários da Cidade do México – México, 2012.

O foco principal do documentário é em torno do casal de cangaceiros Durvinha e Moreno, que na verdade se chamavam Antônio Ignácio da Silva e Durvalina Gomes de Sá. O documentário relata as histórias de suas vidas com muita emoção, a partir do momento em que eles se juntaram ao grupo de cangaceiros mais controverso da história, até o final de suas vidas.

Durante três meses, o casal percorreu 1.352 quilômetros, de Tacaratu, no interior de Pernambuco, até Augusto de Lima, em Minas Gerais, fugindo das autoridades que os caçavam. Ali constituíram família, mas não revelaram, sequer aos filhos, quem realmente eles eram, mantendo este segredo por mais de meio século.

Livro relata luta contra a dependência química

O livro que será lançado pelo jornalista Dinarte Assunção hoje em Mossoró mostra um relato pessoal de um período difícil em que o autor passou por uma espiral de autodestruição que quase o levou à morte. Após recuperar-se, decidiu contar sua história, alterando alguns fatos e pessoas de modo a não comprometer ninguém.

Com talento e desenvoltura narrativa, Dinarte Assunção conta sua trajetória particular de agonia que começou com uma depressão crônica e despercebida pelas pessoas de seu convívio, conduzindo-o ao consumo desenfreado de drogas e à dependência química em cocaína.

O período de internação voluntária, apesar de forte resistência inicial, a ajuda que recebeu de amigos que nem sabia que tinha, situações familiares mal resolvidas e a emocionante intervenção de sua mãe para que houvesse sua recuperação são contados de maneira magistral pelo jornalista.

Sobre o livro, o também jornalista Paulo Araújo, escreveu: “Relatos sobre a fragilidade humana costumam fascinar a humanidade desde tempos imemoriais, vide o fascínio que temos pelas tragédias gregas. Neste livro, o jornalista Dinarte Assunção – um dos mais talentosos da sua geração – descreve odisseia que protagonizou ao mergulhar no mundo das drogas na tentativa de curar a depressão que o acompanhou nos 25 primeiros anos de vida, causada pela ausência do pai.

Com pormenores assustadores do que foi capaz de fazer para conseguir alimentar o vício numa Natal de sombras e perigos noturnos, SobreViver é, no fundo, um hino de amor à vida, pois a partir do momento que Dinarte descobriu que para sair desse problema que atormenta milhões de família no Brasil era preciso cuidar o seu jardim interior, ele nos presenteia com uma lição de vida e autoestima inesquecível.”

Dinarte Assunção é natural de Areia Branca (RN). Formado em Comunicação Social pela UFRN, foi repórter especial do Portal NoMinuto, Novo Jornal e trabalha há dois anos no Portal NoAr