Do Mossoroense
Ao longo de 20 anos de circulação, a moeda Real sofreu desvalorização de 347,51%, perdendo 77,65% do poder de compra original. De acordo com os cálculos do matemático financeiro José Dutra Vieira Sobrinho, conforme publicado na página de economia do site Uol, uma nota de R$100 em 1994 equivale a atuais R$ 22,35.
Contudo, o mestre economista Leonildo Tchapas, do Departamento de Economia da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (Uern), ressalta que este é um processo natural à economia e que a situação econômica do Brasil melhorou bastante nos últimos 20 anos.
"O processo de desvalorização da moeda é de certa forma natural, entendendo-se que a palavra natural não está sendo empregada com o sentido relativa ou derivada da natureza, mas sim de algo habitual à economia. Ao longo do tempo as pessoas vão aumentando seu poder de compra, o que faz com que a inflação suba e consequentemente a moeda se desvalorize", disse Leonildo Tchapas.
O economista ressalta que, hoje, se comparado aos países vizinhos, a economia brasileira vai bem, porém, enquanto não houver investimentos maciços em produção e geração de emprego, o fantasma da inflação estará sempre a rondar o país. Ainda de acordo com Tchapas, o problema da desvalorização da moeda ocorre quando o processo de ajustes de preços sai de controle e a inflação sobe rápido demais, fazendo com que a população que dispõem de menos renda diminua seu poder de compra.
Contudo, o mestre economista Leonildo Tchapas, do Departamento de Economia da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (Uern), ressalta que este é um processo natural à economia e que a situação econômica do Brasil melhorou bastante nos últimos 20 anos.
"O processo de desvalorização da moeda é de certa forma natural, entendendo-se que a palavra natural não está sendo empregada com o sentido relativa ou derivada da natureza, mas sim de algo habitual à economia. Ao longo do tempo as pessoas vão aumentando seu poder de compra, o que faz com que a inflação suba e consequentemente a moeda se desvalorize", disse Leonildo Tchapas.
O economista ressalta que, hoje, se comparado aos países vizinhos, a economia brasileira vai bem, porém, enquanto não houver investimentos maciços em produção e geração de emprego, o fantasma da inflação estará sempre a rondar o país. Ainda de acordo com Tchapas, o problema da desvalorização da moeda ocorre quando o processo de ajustes de preços sai de controle e a inflação sobe rápido demais, fazendo com que a população que dispõem de menos renda diminua seu poder de compra.
Economista faz breve histórico do Plano Real
O Brasil já viveu um período caracterizado como sendo de "inflação galopante", época em que as remarcações dos preços chegavam a ser diárias e que a inflação beirava à casa dos 40% mensais. A fim de controlar a inflação, em 1994 foi lançado o "Plano Real", que, além de mudar a moeda em circulação no país, pôs em prática projetos de cortes de gastos, privatizações e ajustes em bancos.
"Quem mais perde com a inflação é o pobre porque, como o teórico Karl Marx disse, a classe trabalhadora só dispõe de sua força de trabalho como moeda de troca, mas, no processo de reajuste, esta força de trabalho é a última a conseguir aumento. Quando o preço de itens básicos como comida sobe mais rápido que o valor do salário mínimo é a classe trabalhadora que sai no maior prejuízo", esclarece Tchapas.
Quanto ao impacto inicial que a desvalorização do Real de quase um quarto do valor inicial em 20 anos, o professor alerta que deve-se levar em consideração a valorização real do salário mínimo ocorrida desde o início do Plano Real.
"O salário de 1995 oferecia um poder de compra bem menor que o salário atual. Peguemos o exemplo do óleo diesel: em 1995, o litro do diesel custava R$ 0,40 e o salário mínimo era de cerca de R$100, se eu quisesse gastar meu salário todo em óleo diesel eu poderia comprar 250 litros. Hoje, o óleo diesel custa R$ 2,20 o litro, mas, em compensação, o salário mínimo é de R$ 724. Fazendo os cálculos, com o salário mínimo hoje seria possível comprar mais de 329 litros de óleo diesel, ou seja, o poder de compra, em relação ao óleo diesel, aumentou bastante", exemplifica o economista.
"Quem mais perde com a inflação é o pobre porque, como o teórico Karl Marx disse, a classe trabalhadora só dispõe de sua força de trabalho como moeda de troca, mas, no processo de reajuste, esta força de trabalho é a última a conseguir aumento. Quando o preço de itens básicos como comida sobe mais rápido que o valor do salário mínimo é a classe trabalhadora que sai no maior prejuízo", esclarece Tchapas.
Quanto ao impacto inicial que a desvalorização do Real de quase um quarto do valor inicial em 20 anos, o professor alerta que deve-se levar em consideração a valorização real do salário mínimo ocorrida desde o início do Plano Real.
"O salário de 1995 oferecia um poder de compra bem menor que o salário atual. Peguemos o exemplo do óleo diesel: em 1995, o litro do diesel custava R$ 0,40 e o salário mínimo era de cerca de R$100, se eu quisesse gastar meu salário todo em óleo diesel eu poderia comprar 250 litros. Hoje, o óleo diesel custa R$ 2,20 o litro, mas, em compensação, o salário mínimo é de R$ 724. Fazendo os cálculos, com o salário mínimo hoje seria possível comprar mais de 329 litros de óleo diesel, ou seja, o poder de compra, em relação ao óleo diesel, aumentou bastante", exemplifica o economista.
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