#opovoquerfalar
De Cristine Rosado, Doutora em Educação:
Por um Brasil melhor
Como educadora que reflete na ação, venho pensando na relação dos jovens com a dinâmica social.
Ao assistir um movimento local, promovido por uma escola particular e estimulado por um levante nacional, vi o título desse texto ecoado nas vozes de inúmeros adolescentes, o que me encheu de esperança.
Sabemos da dualidade existente na injusta sociedade: de um lado, jovens que não têm assegurados de seus direitos mais básicos. Do outro, jovens que além tê-los, ditam os padrões do bom e do certo em nosso contexto social.
Assim, os jovens de tal movimento, que já têm seus direitos básicos garantidos, poderiam optar pela alienação do status quo, considerando que poucos fazem uso do transporte público, muitos possuem plano de saúde e usufruem de um bem estar social já estabilizado.
Apesar disso, com compromisso e seriedade, organizaram-se para debater o tema de forma reflexiva. Perceberam que não devem apenas saber da história, mas participar de sua construção.
Assim, entenderam que valia a pena protestar pelas causas sociais, pelo fim das desigualdades, conscientes de que a depredação do patrimônio, seja ele público ou privado, não tem nenhuma relação com o compromisso político que motiva o movimento legítimo, sem ações irrefletidas.
Dessa forma, acredito, com o coração cheio de otimismo, esperançoso, mas não ingênuo, que essa geração pode lutar e ver a história mudar, por um Brasil melhor, enfim!
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