A Prefeitura de Areia Branca não vai promover o tradicional Carnaval, que nos últimos anos tem atraído milhares de turistas e visitantes a cidade. A decisão foi oficializada na tarde de, 28/01, pela prefeita Luana Bruno em pronunciamento feito através de uma emissora de rádio local.
A prefeita se disse frustrada em ter que noticiar que não vai promover o Carnaval este ano, por decisão da Justiça que considera grave a situação das famílias que vivem nos municípios onde foi declarada situação de emergência.
“Como areia-branquense e como carnavalesca, me sinto frustrada em não poder realizar um evento festivo de forte apelo popular e que no nosso caso, gera renda, ocupação temporária e projeta o município turisticamente”, disse.
Na entrevista, Luana Bruno (foto abaixo) conclama os areia-branquenses a se revestirem do mais autêntico espírito carnavalesco para brincar o Carnaval de rua que será animado pelos blocos alternativos, pelo desfile das escolas de samba e inúmeras outras opções que surgirão no período, pois independente da programação da prefeitura a festa vai acontecer.
A prefeita afirmou que mediante a não realização do Carnaval, os recursos que estavam reservados para a contratação de bandas e trios elétricos serão direcionados para melhorias na área da saúde, como a ampliação de profissionais na escola de plantão e ações voltadas para o homem do campo, principalmente aquelas famílias inclusas no plano de emergência do governo, num total de 800 beneficiários.
A gestora disse ainda, que mesmo não realizando o Carnaval de rua, a prefeitura vai manter o apoio cultural às escolas de samba, blocos e “bicharadas” para que saiam as ruas e façam a alegria do folião. “Essa ajuda financeira por parte da prefeitura está assegurada”, reforçou Luana Bruno.
Outro prefeito que decidiu não investir na realização de evento carnavalesco foi o prefeito de Messias Targino, Arthur Targino. Ele disse que vai cumprir a orientação do Ministério Público junto ao Tribunal de Contas do Estado (MPJTCE).
Apodi e Macau mantém decisão de realizar o Carnaval
Mesmo diante da orientação dos (MPJTCE) municípios como Apodi e Macau que promovem eventos carnavalescos que atraem milhares de foliões decidiram realizar o evento. No caso de Apodi, o prefeito Flaviano Monteiro conseguiu fechar um acordo como o MP, para investir apenas R$ 500,00. Já em Macau, o prefeito Kerginaldo Pinto conseguiu retirar o município da lista de situação de emergência e vai investir R$ 4 milhões.
Mas os procuradores Luciano Ramos e Ricart Coelho afirmaram que permanece em vigor a recomendação para que municípios potiguares evitem gastos excessivos com os festejos carnavalescos ou qualquer outro evento que dependa do uso de recursos públicos.
A medida tem por base a prorrogação do decreto da governadoria Rosalba Ciarlini (DEM) que declarou situação de emergência em 139 municípios. “Enquanto perdurar a seca, os gestores públicos não devem fazer gastos desarrazoados” comentou o procurador Luciano Ramos.
As sanções para quem não cumprir a recomendação vão desde a abertura de processo no Tribunal de Contas; investigação pelo Ministério Público Estadual; podendo até ensejar ação de improbidade e inelegibilidade.
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