sábado, 8 de dezembro de 2012

Moradores do Acampamento Santa Júlia prometem novo protesto para próxima segunda dia 10/12/12.





Ednilto Neves
Protesto durou quase quatro horas no início desta semana
Continua indefinida a situação dos moradores do Acampamento Santa Júlia. Os moradores bloquearam a BR-304 por quase quatro horas na segunda-feira passada, 3, cobrando a liberação de terras para uso, o envio de cestas básicas e atendimento de saúde.
O protesto só foi encerrado após a chegada de uma equipe da Gerência de Saúde do município e a garantia, através de contato telefônico, com o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA) que se dispôs a ouvir as reivindicações e fazer uma visita ao local.
Até ontem pela manhã ninguém apareceu como prometido. A equipe do município que esteve no local no dia do protesto se comprometeu a voltar ao acampamento para realizar o cadastro de todos os moradores para terem acesso aos serviços básicos de Saúde. Os moradores contam que ninguém do Incra apareceu, muito menos as cestas básicas que teriam a entrega regularizada esta semana.
Eles prometem realizar uma nova interdição da BR-304, saída para Fortaleza, na próxima segunda-feira, 10. Desta vez sem hora para acabar o protesto.
 “Estamos aqui há três anos e tudo é difícil. Não temos feira, não temos médico, não temos nada aqui. Temos várias crianças e idosos que precisam de atenção e nada”, reclama Maria Edna da Silva.
Para conseguir atendimento, os acampados têm que se deslocar para outras comunidades rurais e dizer que moram lá senão não consegue a chance de tentar uma ficha. “Eles só distribuem 10 fichas por dia e tem gente que pega uma ficha hoje e só vai ser atendido na semana que vem e aí não adianta mais ou já ficou bom ou morreu por causa da demora”, reclama outra moradora.
Os moradores ainda reclamam que há a distribuição de apenas uma ficha por casa. “Eu tenho cinco netos e se dois ou mais ficarem doentes só um vai ser atendido”, disse outra senhora

Nota do Blog - Eles poderiam acampar no INCRA, isso seria mais viável e justo, afinal, é um direito constitucional, o de ir e vir. Os transtornos causados para o cidadão que necessita transitar pela RN13  são bem maiores que os causados para os gestores do INCRA. 

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