A construção de uma ponte sobre o canal do rio Apodi-Mossoró ligando Areia Branca a Grossos é um sonho antigo dos moradores e de segmentos político e empresarial das duas cidades. Mesmo sendo objeto de diversas mobilizações e audiências públicas, o projeto ainda não saiu do papel. As esperanças se renovam a cada campanha eleitoral, quando as promessas afloram, mas, no entanto, fica só na promessa.
Mas quando o assunto parecia estar novamente fora de pauta, surge um fato novo em relação ao tema. O Centro de Direitos Humanos da Região Salineira (CDHRS) e Observatório de Direitos Humanos têm uma proposta para o projeto de uma ponte flutuante interligando os dois municípios.
Na opinião de dirigentes dos órgãos, a construção de uma ponte com estruturas metálicas e grande quantidade de concreto armado e cálculos estruturais complexos importaria num custo alto e muito acima das reais necessidades da região. O sistema proposto, com uso de alta tecnologia, possibilita a execução de um projeto com custo inferior a uma construção tradicional.
A proposta do CDHRS visa a interligação da BR-110 (Mossoró-Areia Branca) à RN-012 (Grossos-Tibau) por meio de uma ponte flutuante, que além de beneficiar os dois municípios encurtaria significativamente a distância para Fortaleza (CE). Projetos dessa natureza são executados por uma empresa francesa de construção civil, especializada em construções flutuantes e para zonas com riscos de enchentes e terremotos.
A empresa em questão é a Fondamax Brasil, com sede na França, cujo diretor, Sérgio Alexandria, nascido e radicado no Rio de Janeiro, é filho de areia-branquenses. Ele estará vindo ao Rio Grande do Norte no início de 2013 e consequentemente virá a Areia Branca apresentar a proposta de interligação das rodovias BR-110 e RN-012 ligando os dois municípios por uma ponte flutuante sobre o rio Apodi-Mossoró, concebida por meio do sistema Batiflo (trata-se de uma técnica comprovadamente segura de edificação de construções anfíbias).
Sérgio Alexandria, da Fondamax Brasil
A ponte possuiria um trecho móvel, não interferindo no tráfego aquaviário ao longo do rio, possibilitando uma nova alternativa de saída da cidade e facilitaria o acesso a Fortaleza e às cidades no entorno da Costa Branca.
Segundo Sérgio Alexandria, diretor da Fondamax Brasil, a empresa é especializada em construções flutuantes para zonas inundáveis e fundações para terrenos instáveis e está introduzindo no Brasil uma tecnologia inovadora desenvolvida na França pelo Engenheiro Frédéric de Chérancé, idealizador dos sistemas Fondamax e Batiflo que prometem mudar os rumos da construção civil no Brasil nos próximos anos, em um conceito pioneiro
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