sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Produção de energia eólica em Tibau/RN


 
No dia 07 de dezembro, na Câmara Municipal de Tibau, acontecerá uma audiência pública com as empresas responsaveis pela energia eolica. Geós Famosa I, Rosada e São Vicente que apresentarão os projetos referentes aos parques de energia eólica que se instalarão em nosso município.´

O Rio Grande do Norte voltou a ser destaca em rede nacional através do Jornal da Globo exibido na última quinta-feira (24). Ao contrario do que vem ocorrendo ultimamente, não foi em consequência de nenhum escândalo, mas do desenvolvimento do Estado com relação a instalação de usinas eólicas. 

Com o Brasil ocupando hoje a 21º posição no ranking dos produtores de energia eólica no mundo o RN começa a despontar como um dos principais destinos de investidores europeus que descobriram esse novo filão.

Atualmente o país tem 71 parques que produzem a energia limpa e renovável, onde a Região Nordeste é campeã nacional de geração de energia do vento.

Embora o Ceará detenha 40% da capacidade do país, com 17 parques, entre os quais já existe até aerogerador residencial para o consumidor produzir a própria energia, mas é o RN que vem se destacando em crescimento desse setor.

De acordo com material produzido pelo jornalista, André Trigueiro o Brasil ocupa 21º posição no ranking dos produtores de energia eólica, no entanto, em nenhum outro lugar do Brasil a energia eólica provocou mudanças tão importantes quanto no Rio Grande do Norte. Até dois anos atrás, o Estado era obrigado a importar energia elétrica para atender a demanda da população local. Mas os bons ventos da região atraíram os investidores. Dez parques eólicos foram construídos. Outros 30 estão em construção. Diante dessa nova realidade, até 2014, o Rio Grande do Norte será o principal produtor de energia eólica do Brasil.

Para ter direito a financiamento do BNDES, com juros atraentes, as empresa do setor eólico precisam assegurar a utilização de no mínimo 60% de peças e acessórios nacionais, fabricados no Brasil. A medida estimulou a geração de emprego e renda. O setor já emprega 12 mil pessoas.

Moradores recebem por ceder espaço para instalação de cataventos

Além de trazer excelentes resultados com relação a produção de energia renovável, a produção de energia eólica trás enormes ganhos para os moradores dessas áreas onde estão sendo construídos esses parques. Quem cede a terra onde serão instalados os aerogerados também ganha por ceder o espaço. 

O agricultor Rafael Luiz de Andrade disse da reportagem exibida pelo Globo que recebe cerca de R$ 300 por ano. "Pra mim faz a diferença porque em compensação os filhos estão trabalhando nas companhias", diz.

Além de trazer nova oportunidade de trabalho e melhoria de vida para os moradores, a produção de energia eólica na região também tem proporcionado a mudança no cenário local.

Enormes cataventos que produzem a energia eólica, a partir da força dos ventos tem modificado o cenário local, e atraído turistas e visitantes. 

Hoje já são 12 milhões de pessoas atendidas pela energia eólica

A energia eólica é uma energia limpa - sem queima de combustível, renovável e cada vez mais barata. O preço do megawatt/hora da eólica já é quase igual ao das hidrelétricas, a fonte de energia mais barata do Brasil, e custa menos que o gás natural. Isso tem feito com que, a cada dia aumente o numero de pessoas que passam a utilizar esse tipo de energia. Atualmente são 12 milhões.

Essa evolução tecnológica tornou a energia eólica mais sustentável. Os aerogeradores provocam pouco barulho e o risco às aves tem sido contornado com o monitoramento ambiental.
"A energia eólica é de baixo impacto ambiental. Ela causa um impacto considerável na sua construção como qualquer atividade da construção civil, mas esse impacto cicatriza com o tempo. Mas cerca de 5%, no máximo 8% da área é ocupada", explica o diretor técnico do Instituto de Desenvolvimento Sustentável do Rio Grande do Norte, Manoel Jamir Fernandes Júnior.

Um negócio tão atraente que chamou a atenção de quem sempre viu no petróleo a principal fonte de lucro. Na sala do diretor de gás e energia da Petrobras, José Alcides Santoro Martins, é possível acompanhar online, de um telão, toda a produção de energia elétrica das térmicas a diesel, a gás e eólica. "O regime de ventos na região Nordeste do país é caracterizado por baixo vento durante o dia e alto durante à noite. À noite esse valor chega a 80, até 90 megawatts de geração de energia elétrica. Cem megawatts daria para abastecer aproximadamente 350 mil domicílios", diz José.

Uso da energia eólica acontece desde a segunda guerra mundial

A utilização de aerogeradores, para produção de energia elétrica, ganhou força durante a Segunda Guerra Mundial. Era a forma de os países economizarem combustíveis fósseis. A guerra acabou e a eólica ficou em segundo plano.

Mas na década de 70, com a crise do abastecimento de petróleo, alguns países se viram obrigados a pesquisar fontes alternativas de energia. No Brasil, o primeiro aerogerador só foi instalado em 1992, em Fernando de Noronha, mas foi a partir de 2005 que o parque eólico brasileiro cresceu significativamente.

Nos últimos sete anos, a capacidade instalada aumentou 54 vezes. Foi a que mais cresceu no mundo. Muito pelas características do vento no Brasil, um dos melhores do planeta.
"Quando não tem vento você tem que ter alguma outra fonte gerando. Qual é a beleza do Brasil? É que o Brasil que tem um grande parque hidrelétrico, a hidrelétrica e eólica elas se complementam entre si", explica o presidente da Empresa de Pesquisa Energética, Maurício Tolmasquim

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