quinta-feira, 8 de novembro de 2012
CASAL PARAENSE Lauro e Maria Zélia ontem em Tibau/Rn
CASAL PARAENSE ALERTA PARA A PREVENÇÃO DO CÂNCER DE MAMA
Lauro e Maria Zélia farão uma jornada de 3 meses de bicicleta, de Belém ao Rio de Janeiro
Ontem eles chegaram a Tibau/RN e o SOSTIBAU esteve com eles, o casal falou um pouco sobre essa aventura, o percurso da viajem, e as experiências vividas ao longo do trajeto. Eles informaram que passarão por toda a Costa Branca até chegarem em Natal, onde farão um visita a mãe de Lauro que reside por lá, logo em seguida seguirão com a aventura até o Rio de Janeiro.
No ultimo dia 8 um casal paraense iniciou uma jornada de três meses, saindo de Belém rumo ao Rio de Janeiro, de bicicleta. Lauro Haber, 59 anos, e Maria Zélia Tapajós Mafra , 47 anos, querem mostrar que existe vida após um câncer de mama. E mais, esperam alertar as mulheres e os homens, por onde passarem, sobre a importância da prevenção.
A jornada começa de Belém a São Luís e de lá para os Lençóis Maranhenses. Como a areia é muito fofa para andar de bicicleta, o casal pegou um barco no Rio Preguiça e desembarcou no Parnaíba (PI), de onde seguiram pela Rota do Sol. Rota do Sol são os caminhos existentes no Nordeste que vão margeando o litoral, percurso que Lauro e Maria Zélia vão fazer até a capital carioca.
Esta não é a primeira grande aventura de Lauro, mas é a primeira de Maria Zélia. Em 2009, Lauro foi do Oiapoque (AP) ao Chuí (RS) de bicicleta, em 77 dias. Também na época quis alertar para a importância da prevenção aos casos de câncer de mama. Lauro diz que somente ouviu falar de uma pessoa que fez este percurso, um padre salesiano de Santa Catarina, que faleceu em 2011, quando dava volta ao mundo de bicicleta, e se encontrava no México.
Emocionado, Lauro lembra em 2007, quando percebeu nos seios da esposa um caroço que era um pouco menor que uma azeitona. Um mês depois este caroço estava do tamanho de um limão. Foram ao médico para verificar e uma pequena incisão foi feita para retirada de um pedaço deste caroço para realizar a biopsia. Pouco tempo depois veio a confirmação do carcinoma e, também neste meio tempo, o caroço aumentou assustadoramente.”
O problema é que o local onde foi feito o corte não cicatrizou e o médico não quis arriscar realizar uma cirurgia e, ao contrário do que normalmente é feito, ele começou o tratamento pela quimioterapia, que durou sete meses. Apesar do tumor agressivo de Maria Zélia, o tratamento aplicado teve a resposta esperada e tão boa que não precisou fazer qualquer cirurgia, pois conseguiu eliminar por completo o câncer. Cinco anos se passaram e Maria Zélia está ótima.
O casal sai de Belém rumo ao Rio de Janeiro numa bicicleta dupla (especial reclinada em que ficam praticamente deitados). A bicicleta chama-se Alice, numa alusão ao clássico da literatura infantil Alice no País das Maravilhas. Eles vão passar o ano novo no Rio de Janeiro, etapa final da viagem.
Além de mostrar como conseguiu superar, Zélia e Lauro também esperam alertar as mulheres, a partir de 40 anos, para fazerem regularmente mamografia e para as mulheres em geral que façam o autoexame, pelo menos uma vez por mês.
O casal tem uma pequena gráfica rápida e de revelação de fotos digitais em Belém.
Ao longo do trajeto, o casal vai acampar em postos de gasolina, ficar em casa de amigos que já ofereceram a hospedagem, locais para acampamento, entre outros. A ideia é gastar o mínimo possível.
Sobre o Câncer de Mama
De acordo com o Instituto Nacional de Câncer, o segundo tipo mais frequente no mundo, o câncer de mama é o mais comum entre as mulheres, respondendo por 22% dos casos novos a cada ano. Se diagnosticado e tratado oportunamente, o prognóstico é relativamente bom.
No Brasil, as taxas de mortalidade por câncer de mama continuam elevadas, muito provavelmente porque a doença ainda é diagnosticada em estádios avançados. Na população mundial, a sobrevida média após cinco anos é de 61%.
Relativamente raro antes dos 35 anos, acima desta faixa etária sua incidência cresce rápida e progressivamente. Estatísticas indicam aumento de sua incidência tanto nos países desenvolvidos quanto nos em desenvolvimento. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), nas décadas de 60 e 70 registrou-se um aumento de 10 vezes nas taxas de incidência ajustadas por idade nos Registros de Câncer de Base Populacional de diversos continentes.
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