domingo, 16 de setembro de 2012

“O que é ser um bom prefeito e quais são as suas responsabilidades?”


Outro dia, um jovem eleitor me fez a seguinte 
pergunta:“O que é ser um bom prefeito e quais são as 
suas responsabilidades?” Pego de surpresa, respondi 
alguma coisa que me veio em mente, mas fiquei 
devendo uma resposta mais elaborada, capaz de 
satisfazer ao meu curioso interlocutor. Creio que 
responder a esta pergunta é uma contribuição à 
reflexão dos eleitores para a importante tomada de 
decisão nas urnas, em outubro próximo.

O bom prefeito é aquele que está a serviço do 
município, conhece as necessidades da comunidade e 
resolve seus problemas. Não só administra com 
dedicação e seriedade, mas também presta contas de 
seu trabalho.
Espera-se dele, fidelidade ao seu povo, expressa no 
cumprimento de um programa de governo 
previamente elaborado, capacidade administrativa, 
liderança política, bom conhecimento dos assuntos da 
cidade, equilíbrio no enfrentamento de crises, postura 
de diálogo aliada à capacidade de decisão no tempo 
oportuno, paciência e disponibilidade para ouvir a 
população e seus legítimos representantes, tolerância 
quanto à diversidade de estilo das pessoas com quem 
trabalha, disponibilidade para ter presença contínua 
no município, hábito de trabalhar com planejamento e 
em equipe e coragem de dizer não, quando 
necessário.
Por último, o bom prefeito deve ter as qualidades 
necessárias para uma vida política sadia e honesta, 
com transparência nas atividades públicas, separação 
completa entre os recursos públicos e os interesses 
da família, dos amigos, de empresas e do partido. Por 
fim, pede-se a um bom prefeito que seja competente 
na arrecadação de recursos para dar conta das 
demandas populares.

O poder municipal é o que está mais próximo do 
contato direto com a população e o primeiro a ser 
questionado. Para muitos cidadãos, o prefeito é mais 
importante do que o presidente da República, pois é 
quem pode resolver o seu problema imediato. 
Promessas utópicas ou demagógicas serão cobradas, 
mais tarde.

A democracia consagra os vencedores nas urnas. 
Embora seja o ápice do processo, aos olhos dos 
eleitores, não é esse o único momento importante. Os 
eleitores não escolhem nem interferem diretamente 
nos nomes que serão colocados na disputa. O 
amadurecimento político que tantos desejam 
pressupõe também a responsabilidade e a inteligência 
dos partidos na formação e indicação de seus 
candidatos, sem o que as expectativas populares 
podem se frustrar. Se isso ocorrer, que não seja, ao 
menos, por falta de boas opções.

Você conhece algum prefeito com essas 
características?
Por DAVI FERRAZ

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