Outro dia, um jovem eleitor me fez a seguinte
pergunta:“O que é ser um bom prefeito e quais são as
suas responsabilidades?” Pego de surpresa, respondi
alguma coisa que me veio em mente, mas fiquei
devendo uma resposta mais elaborada, capaz de
satisfazer ao meu curioso interlocutor. Creio que
responder a esta pergunta é uma contribuição à
reflexão dos eleitores para a importante tomada de
decisão nas urnas, em outubro próximo.
O bom prefeito é aquele que está a serviço do
município, conhece as necessidades da comunidade e
resolve seus problemas. Não só administra com
dedicação e seriedade, mas também presta contas de
seu trabalho.
Espera-se dele, fidelidade ao seu povo, expressa no
cumprimento de um programa de governo
previamente elaborado, capacidade administrativa,
liderança política, bom conhecimento dos assuntos da
cidade, equilíbrio no enfrentamento de crises, postura
de diálogo aliada à capacidade de decisão no tempo
oportuno, paciência e disponibilidade para ouvir a
população e seus legítimos representantes, tolerância
quanto à diversidade de estilo das pessoas com quem
trabalha, disponibilidade para ter presença contínua
no município, hábito de trabalhar com planejamento e
em equipe e coragem de dizer não, quando
necessário.
Por último, o bom prefeito deve ter as qualidades
necessárias para uma vida política sadia e honesta,
com transparência nas atividades públicas, separação
completa entre os recursos públicos e os interesses
da família, dos amigos, de empresas e do partido. Por
fim, pede-se a um bom prefeito que seja competente
na arrecadação de recursos para dar conta das
demandas populares.
O poder municipal é o que está mais próximo do
contato direto com a população e o primeiro a ser
questionado. Para muitos cidadãos, o prefeito é mais
importante do que o presidente da República, pois é
quem pode resolver o seu problema imediato.
Promessas utópicas ou demagógicas serão cobradas,
mais tarde.
A democracia consagra os vencedores nas urnas.
Embora seja o ápice do processo, aos olhos dos
eleitores, não é esse o único momento importante. Os
eleitores não escolhem nem interferem diretamente
nos nomes que serão colocados na disputa. O
amadurecimento político que tantos desejam
pressupõe também a responsabilidade e a inteligência
dos partidos na formação e indicação de seus
candidatos, sem o que as expectativas populares
podem se frustrar. Se isso ocorrer, que não seja, ao
menos, por falta de boas opções.
Você conhece algum prefeito com essas
características?
Por DAVI FERRAZ
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