sábado, 1 de setembro de 2012

Grito dos Excluídos

Movimentos sociais em Mossoró se organizam para mais uma edição do Grito dos Excluídos, no desfile da Independência, no feriado nacional do Dia 7 de Setembro. O protesto denuncia exclusão social, desigualdades na sociedade e inércia do poder público contra problemas graves como miséria, falta de habitação e saúde precária.
O movimento deste ano está sendo organizado desde junho com reuniões semanais, às terças-feiras, às 17h, no Sindicato dos Empregados no Comércio de Mossoró (Secom). Estão previstas distribuição panfletos, batucada, feijoada de confraternização e a mensagem de solidariedade aos segmentos sociais que não têm voz.
O Grito dos Excluídos é uma mobilização nacional e segunda-feira (27) a Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) divulgou nota, afirmando que "O Grito é uma manifestação autenticamente popular, que engloba pessoas, grupos, entidades, igrejas e movimentos sociais, onde todos devem estar comprometidos com a causa das pessoas excluídas".
Segundo a CNBB, é uma mobilização que denuncia os modelos políticos e econômicos que causam exclusão social, trazendo consequências de sofrimento para muitas pessoas. "É forma de tornar público o rosto desfigurado da sociedade que clama por uma política de inclusão social de valorização dos cidadãos. Essa manifestação, que não é um movimento e nem uma campanha, acontece no Dia 7 de Setembro, Dia da Pátria. Constitui-se num espaço popular e de participação livre, mas todos motivados pelo anseio de mudanças na sociedade."
E continua: "A forma de manifestação pode ser diversa, dependendo da realidade da comunidade. Podem ser por atos públicos, romarias, celebrações especiais, seminários, blocos na rua, caminhadas etc. É espaço de convergência em que vários atores sociais se reúnem para protestar e propor caminhos novos".
A CNBB lembra que o Grito dos Excluídos teve sua origem nas ações do Setor Pastoral Social da Confederação, principalmente a partir da Campanha da Fraternidade de 1995, que abordava o tema que falava da Fraternidade e dos Excluídos.
"Ele veio também como fruto da 2ª Semana Social Brasileira, que abordava o tema: Brasil, alternativas e protagonistas. Podemos dizer também que é um grito, sufocado pelas realidades contemporâneas, que vem a público, com a participação de diversos setores influentes da sociedade e revela uma forte reação das entidades inconformadas e contra um sistema de mercado que gera massas enormes de excluídos, de desemprego, miséria e violência", escreve dom Paulo Mendes Peixoto, arcebispo de Uberaba.
A edição 2012 do Grito dos Excluídos foi lançada ontem à tarde e deve repetir o sucesso de mobilizações anteriores.

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