O Grupo de Pesquisa do Pensamento Complexo (Grepecom), da Universidade do Estado do Rio Grande (Uern), promove na tarde de hoje (03) mais uma edição do projeto Encontro com Autores. O evento será às 17h, na sala Marieta Lima da Biblioteca Municipal.
Neste encontro, os participantes do grupo debaterão sobre a vida e obra da poetisa portuguesa Florbela Espanca. Com o tema "Flor: Bela ou Espanca", o projeto fará, principalmente,leituras das principais obras da poetisa portuguesa. A iniciativa ainda levará à mesa de discussão outros aspectos da história profissional do autor.
Segundo a organização do evento, os encontros agem como uma perspectiva de unir os saberes de uma forma geral. As reuniões do grupo ocorrem periodicamente, onde são discutidos autores da ciência e são realizadas leituras.
A apresentação desta sexta-feira fica à cargo da professora do Departamento de Comunicação Social da UERN, Márcio Pinto, que é graduada em Jornalismo e também tem Mestrado na área de Literatura.
O Encontro com Autores é aberto ao público. A cada nova edição do projeto é explanada uma palestra sobre um autor diferente, como Edgar Morin, Boris Cyrulnik, Arthur Schopenhauer, Gustave Flaubert, Edgar Allan Poe, Cecília Meireles, Graciliano Ramos e muitos outros.
Conheça Florbela Espanca
Florbela Espanca (Vila Viçosa, 8 de Dezembro de 1894 - Matosinhos, 8 de Dezembro de 1930), batizada como Flor Bela de Alma da Conceição Espanca, foi uma poetisa portuguesa.
A sua vida, de apenas trinta e seis anos, foi plena, embora tumultuosa, inquieta e cheia de sofrimentos íntimos que a autora soube transformar em poesia da mais alta qualidade, carregada de erotização, feminilidade e panteísmo.
Somente duas antologias, Livro de Mágoas (1919) e Livro de Sóror Saudade (1923), foram publicadas em vida da poetisa. Outras, Charneca em Flor (1931), Juvenília (1931) e Reliquiae (1934) saíram só após o seu falecimento.
Toda a obra poética de Florbela foi reunida por Guido Battelli num volume chamado Sonetos Completos, publicado pela primeira vez em 1934. Em 1978 tinham saído 23 edições do livro. As peças anteriores às primeiras publicações da poetisa foram reconstituídas por Mária Lúcia Dal Farra, que em 1994 editou o texto de Trocando Olhares.
O grupo musical português Trovante musicou o soneto "Ser poeta", incluído no volume Charneca em Flor. A canção intitulada "Perdidamente", com música de João Gil, tornou-se numa das músicas mais populares da banda. Faz parte do álbum Terra Firme, lançado em 1987.
O cantor e compositor brasileiro Fagner interpretou o poema "Fanatismo", da coletânea Soror Saudade, com sua composição do mesmo nome no álbum Traduzir-se (1981)
Fonte: Correio da Tarde
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