sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Assédio Moral



Fonte: Carlos Santos
A Petrobras tem agido em duas frentes distintas, mas que se interligam pelo foco comum, para estancar uma crise que ganha proporções inimagináveis na Gerência de Mossoró. O caso, por enquanto, tem maior elouquência na esfera judicial.
Emmanoel: Irmão influente do TST
Ao mesmo tempo, há diligências para ser encontrada uma via negociada, pacífica e menos traumática que não exponha ao público o nome da empresa.
Mas o problema jorra de forma crescente e torrencial, contaminando outros setores.  Ganha eco até na sede nacional dessa poderosa transnacional do petróleo e energia, no Rio de Janeiro.
Seu epicentro é a Gerência de Serviços Especiais, comandada por Luiz Antônio Pereira. Ele é visto por empregados litigantes, na Justiça comum e do Trabalho, como um chefe de perfil intolerante e despótico.
Dessa relação conflituosa tem surgido uma série de ações que acuam a empresa na esfera trabalhista. A questão passou a gerar também uma série de demandas judiciais que acusam Luiz Antônio de “assédio moral” e outros excessos correlatos.
No ambiente judicial, a Petrobras passou a jogar duro e com as armas que tem à mão, para rechaçar os empregados. Não tem tido sucesso até aqui.
Causas que tratam de exploração de mão-de-obra passam a formar uma bomba-relógio de milhões e milhões de reais.
No início do mês de julho a Petrobras foi condenada a pagar mais de R$ 620 mil a empregado da Gerência de Serviços Especiais, comandada por Luiz Antônio Pereira. O empregado fez jus ao pagamento porque mesmo submetido ao regime de turno – que prevê jornadas ininterruptas de 12 horas em um regime de embarque de 7 x 7 dias e 7 x 14 -, restou comprovado que trabalhava 17 horas por turno.
Desse modo, o juiz determinou o pagamento de “70 (setenta) horas extras por cada mês de efetivo serviço que devem ser pagas com o adicional de 50% (cinqüenta por cento), em relação a todo o período laborado pelo reclamante não atingido pela prescrição”.
Luiz Antônio pousou na Petrobras, graças àqueles arranjos conhecidos na política nacional. Qualquer pessoa medianamente bem-informada sobre a terra Brasil, sabe, que o pindorama verde-e-amarelo tem uma vocação para acertos de compadrio.
TST
Ele, a propósito, não é funcionário de carreira da Petrobras, uma empresa que se transformou em orgulho nacional por sua pujança e é símbolo do nacionalismo vencedor. Luiz chegou à Gerência graças ao “QI”.
Seu irmão mais influente, não se surpreenda, é Emmanoel Pereira, ministro do Tribunal Superior do Trabalho (TST).  A corte é o órgão máximo de julgamento no país dos conflitos entre capital e trabalho, patrão e empregado.
Nos intramuros da Petrobras, qualquer estafeta sabe, que Luiz ascendeu ao cargo por essa influência e a força política de um amigo da família, o deputado federal Henrique Eduardo Alves (PMDB).
Henrique: aborrecimento previsível
Agora, patinhando em seu estilo atrabiliário, Luiz Antônio compromete quem o indicou e contamina diretamente a Petrobras.
Esta semana, um graduado executivo da empresa desembarcou sem alardes em Mossoró, para se reunir com uma série de empregados que estão travando esse prélio com o ‘gerentão’. O clima é de beligerância. Digladiam-se sem perspectiva de pacificação.
O graduado executivo retornou de sua missão diplomática sem êxito na investida. Confessou, sem rodeios, que o problema está lhe tirando o sono e de outros figurões destacados. E tudo pode ficar ainda pior. Não duvide.
Sabe-se que há um movimento crescente, articulado, para formalização de denúncia a veículos de imprensa de nível nacional. Dossiê engorda a cada dia. As perseguições poderiam ser comprovadas em farto material. Pior é quando for relacionado o vigor e condição de “imexível” de Luiz Antônio, no cargo, à relação familiar com um ministro do TST e ao poder de Henrique Alves. Prato cheio para que sejam abertos manchetões na chamada Grande Imprensa. Tudo que Emmanoel e Henrique não desejam. Nem podem deixar correr solto.
Para engrossar o “caldo”, essa crise pode desfiar outras situações ainda mais delicadas e que comprometeriam o status de seriedade da Petrobras, na relação com prestadores de serviços e fornecedores de produtos.
Há algo de podre no reino da Dinamarca? Quem sabe?
O Blog ouviu pelo menos cinco pessoas que estão nesse redemoinho. Algumas delas, em face do que estariam sofrendo, estão até sob tratamento psicológico e psiquiátrico.
Quem tem muito a acrescentar ao assunto é o jornalista e blogueiro Daniel Dantas. Ele, que se diga, até bem pouco tempo era funcionário da estatal. Sabe muito. Tem muito a contar.
Veja AQUI.

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