Todas as pessoas, sem exceção, em algum momento de suas vidas experimentam algum tipo de dificuldade. Das mais simples às mais graves. Para não fugir à regra, quase todas dizem não merecer isso ou aquilo. Será mesmo? Façamos uma reflexão à luz da Doutrina Espírita.
São de duas espécies os acontecimentos da vida. Alguns têm causa na vida presente. Outros, construímos ao longo de vivências anteriores.
Muitos sofrimentos da vida presente são até previsíveis, em virtude do caráter e do procedimento de cada um. Quantas pessoas há que são vítimas do próprio descuido, do orgulho, da ambição, do mau procedimento, da falta de limites... Há uniões infelizes porque foram consumadas apenas por interesses financeiros, há pais que sofrem por não se esforçarem em domar as más tendências dos filhos nem imporem limites a esses... A quem o ser humano deve responsabilizar então, senão a si mesmo?
Mas, se há males nesta vida que se percebe causados pelo homem, outros parecem ser estranhos, fatalidades, como as catástrofes naturais, as doenças de nascença, mortes ainda na infância, as deformidades... Sob a simples observação fica difícil entender. Porém, partindo-se do princípio que todo efeito tem uma causa, e admitindo-se que Deus não é injusto, nem castiga, tais sofrimentos têm uma origem. E se não é encontrada nesta vida, certamente provém de outras existências.
É a lógica da justiça divina. Nada acontece por acaso. Os sofrimentos originados de causas anteriores ou atuais são consequências de faltas cometidas. As pessoas, em grande número de situações, são causadoras dos próprios sofrimentos. Mas, em vez de reconhecê-los, preferem acusar a sorte, a Deus, aos outros.
Nem todo sofrimento neste mundo decorre de uma determinada falta. Muitas vezes são simples provas que alguns espíritos buscam, como forma de completar a própria depuração.
Portanto, mediante as diversas existências é que os espíritos vão corrigindo pouco a pouco suas imperfeições. As provas da vida, quando bem suportadas, contribuem para o adiantamento. Aquele que muito sofre precisa reconhecer que tem muito a corrigir. Resignando-se, conseguirá tornar proveitosas as aflições. Há grandes exemplos próximos a cada um de nós.
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