segunda-feira, 23 de julho de 2012

A morte da cantora britânica Amy Winehouse completa um ano nesta segunda-feira (23) e levanta a questão da descriminalização de drogas no Brasil.


morte da cantora britânica Amy Winehouse completa um ano nesta segunda-feira (23) e levanta a questão da descriminalização de drogas no Brasil.

  • Amy Winehouse
    (Foto: REUTERS/Andrea De Silva)
    O inquérito da morte Amy Winehouse pode ser declarado ilegal

    No Brasil, o fato relembra a questão polêmica das drogas depois que a comissão de juristas do Senado aprovou, recentemente, a proposta para descriminalizar o porte de drogas para consumo pessoal, não havendo mais crime se um cidadão for flagrado usando entorpecentes.
    A proposta recebeu críticas da bancada evangélica e de outros grupos polícos e grupos pró-família que considera a descriminalização de drogas um caminho para o caos social. “Eu entendo que, se caminharmos nesse raciocínio, poderemos implantar de vez o caos das drogas em nossa sociedade,” disse o deputado evangélico João Campos em seu site.
    As criticas à aprovação do projeto também vem de vários lados do poder público. Promotores de Justiça e juízes das promotorias e varas de entorpecentes do Distrito Federa, insatisfeitos com projeto, divulgaram um manifesto na página do Tribunal de Justiça do DF e Territórios.
    Juízes disseram temer um aumento da população usuária de drogas no Distrito Federal, segundo publicação Correio.
    "A maior contradição é taxar uma quantidade para identificar quem é usuário ou traficante. É evidente que os traficantes se amoldam para não serem pegos. Se essa proposta for aprovada, teremos mais traficantes com poucas quantidades de drogas", avaliou Paulo Giordano, juiz da 2ª Vara de Entorpecentes do DF.
    Maconha
    Para a psicóloga evangélica Marisa Lobo que é coordenadora nacional da campanha contra a legalização da maconha no Brasil, a maconha, uma das drogas mais usadas por jovens, pode causar dependência química, e riscos a saúde mental e física, principalmente de adolescentes e jovens que estão vulneráveis a ofertas de drogas como forma de prazer e alívio de dores.
    “A maconha não deve de forma alguma ser legalizada, pois legalizá-la será dar atestado de burrice à nossa geração futura que são a esperança de um mundo melhor, digo isso porque um dos malefícios da maconha é justamente o empobrecimento dos neurônios, a destruição dos neurônicos que são responsáveis por nossa memória”, disse a psicóloga em entrevista ao Sigame.
    Marisa ainda comenta que a aprovação do projeto não vai acabar com a violência ou tráfico como alguns defensores do projeto afirmam. “Maconha não é droga inocente, liberar maconha será a porta de entrada para liberação de todas as drogas inclusive o crack, que é a degradação, o fundo do poço do vício”, ela afirma.
    Assim como Amy, a qual as drogas e o álcool a levaram a várias internações mal sucedidas em centros de reabilitação, e sequencialmente à sua morte no dia 23 de julho de 2011, muitos jovens hoje passam enfrentam o vício de drogas e álcool no Brasil.
    Evidencia-se que há um fácil acesso às drogas por jovens de todas as classes sociais, tornando essas pessoas vulneráveis e dependentes destes agentes químicos.

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