domingo, 11 de março de 2012

Poesia clandestina



Antologia será lançada no próximo dia 14, em comemoração ao Dia Nacional da Poesia, na Biblioteca Ney Pontes Duarte, às 19h

Postado em 10/03/2012 às 15:11 horas por Cristiano Xavier na sessão Cultura
Em Mossoró, a data em que se comemora o Dia Nacional da Poesia (14 de março) será lembrada com o lançamento do jornal Clandestino (edição 21) e do livro Poesia Clandestina (antologia poética) de autoria de  Camila Paula, Ellen Dias e Samuel Paiva, às 19h, na Biblioteca Municipal Ney Pontes Duarte.
Patrocinada pelo jornal cultural e literário Clandestino, a antologia é o primeiro volume de uma série de outros que surgirão com o selo do jornal e que abrirá as portas para outros poetas. "Nunca sonhei em publicar um poema sequer... Essa antologia é, para mim, um maravilhoso presente da vida. Estou muito feliz", declara Camila Paula.
Tendo contato com a literatura desde a infância, a publicitária resolveu tornar pública sua produção literária através do blog www.macabeadelamancha.blogspot.com. "Só depois de começar a publicar meus poemas na GAZETA DO OESTE é que assumi o www.macabeadelamancha.blogspot.com e comecei a contribuir com o www.movimentonovospoetas.blogspot.com. Através do Movimento Novos Poetas nos aproximamos do jornal Clandestino e fomos contagiados pelos ideais do periódico", frisa.
O livro representa um momento importante na vida dos poetas e na história do jornal cultural Clandestino, que passou sete anos parado. "É apenas o começo de uma 'revolução literária' para os nossos jovens poetas (ou não) espalhados pelo país!", diz Camila Paula.

O PRIMEIRO LIVRO - Samuel Paiva, poeta que figura no trabalho, começou a ler e fazer seus primeiros poemas muito cedo. "Meu primeiro contato com a poesia se deu ainda no Ensino Fundamental quando, sem critério e pretensão alguma, folheava e escolhia poemas aleatórios nas coletâneas do projeto Literatura em Minha Casa. Embora desconhecesse os motivos, fui gostando e acabei lendo de Vinícius de Moraes a Mário Quintana, sem contar os clássicos do Parnasianismo e do Romantismo", salienta.
Já para Ellen Dias, todos que escrevem sonham, mesmo de forma tímida, com o dia em que poderão assinar um livro. "No meu caso era bem isso. Talvez não me achasse capaz de publicar um livro, mas sempre quis. Certamente essa antologia é a concretização desse desejo", destaca.
Samuel Paiva reforça: "O livro é a moeda, a riqueza do escritor depois de cunhada. E esse, em especial, nasce do material produzido para o blog do Movimento Novos Poetas, com a parceria do jornal Clandestino. É bom frisar que embora tenhamos um movimento, não há nenhuma linha a ser seguida. Somos livres para usarmos a temática que julgarmos conveniente, o que agrega muito, posto que temos estilos absolutamente diferentes", explica o jovem autor.
Ele se considera um leitor voraz do que lhe agrada. "A literatura, seja ela qual for, é o que mais interessa na vida, é o que mais me prende. Um grande escritor me espanta mais profundamente que qualquer coisa do mundo. A leitura e a escrita são talvez as únicas coisas das quais não me arrependo ou me sinto um tanto quanto ridículo depois de fazê-lo", finaliza.

FLORBELA, FERNANDO E OUTROS - Ellen Dias, autora que figura na antologia, destaca que a leitura sempre teve papel importante em sua formação literária. "Sempre gostei de ler. Comecei a ler poesias de grandes escritores como Álvares de Azevedo, Olavo Bilac, Florbela Espanca e Fernando Pessoa... Depois fui descobrindo outros nomes menos famosos, mas igualmente dignos. O hábito da leitura acaba despertando o interesse e a inspiração para escrever, e é natural que as coisas que você escreve traduzam essa influência. Comecei a escrever aos 15 anos, mas demorei muito até ter coragem de mostrar meus textos", explica.
De acordo com ela, 80% dos seus textos é a forma que encontrou para expressar "alguns sentimentos". "Sem contar os momentos excepcionais que a leitura me proporciona. Viajo mesmo quando estou lendo; adoro essa coisa de imaginar situações, lugares, pessoas. Gosto muito de cinema e de comparar a literatura com ele, sendo que no primeiro caso a experiência sensorial e emocional é dada através da imagem e do som; na literatura temos as palavras e a nossa imaginação", fala.


Antologia é a primeira publicação do selo Edições Clandestino


Poesia Clandestina é a primeira publicação com o selo das Edições Clandestino em coedição com a Editora Queima-Bucha.
Contando com 96 páginas, em tamanho diferenciado, o livro é resultado de publicações em blogs e sites. A seleção foi feita sob coordenação editorial do Clandestino e pelos autores.
A partir desta publicação, o jornal Clandestino também editará livros e já pensa na publicação, na mesma data, em 2013, de um volume II de Poesia Clandestina, como forma de descobrir outros jovens autores.
Durante o lançamento da antologia, no próximo dia 14, haverá bate-papo literário com Ellen Dias, Samuel Paiva e Camila, além de apresentação da banda Negantonho, dramatização da Cia. Escarcéu de Teatro e recital.

OS AUTORES - Camila Paula é natural de Mossoró. Formou-se em Comunicação Social, com habilitação em Publicidade e Propaganda pela Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN), onde atualmente faz mestrado em Educação.
Ellen Dias é jornalista graduada pela Uern. Atua no mercado desde 2009 e passou pelas equipes de reportagem da TV Mossoró e do Jornal de Fato. Apaixonada por cinema, música e literatura, faz parte do grupo Alterna Comunicação, atuando com produção e direção de vídeos. Escreve poesia desde os 15 anos, começou por hobby, e assim o faz até hoje.
Samuel Paiva é natural de Rafael Godeiro. Desde 2009 publica os mais variados tipos de produções literárias no blog pessoal (http://oefeitocafeina.blogspot.com/) e tem poesias publicadas no jornal GAZETA DO OESTE.



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