Após 12 anos de ausência nos palcos brasileiros, Morrissey não encontrou um público desavisado no retorno ao país. Na noite desta quarta-feira (7), em Belo Horizonte, os fãs do cantor britânico, considerado um dos ícones do rock os anos 80, se reuniram em um misto de gerações e influências musicais. Na fila de espera para o aguardado show do ex-vocalista do The Smiths, que deu início à turnê no país, o que não faltava era "erudição musical". Os fãs citavam não apenas as bandas e estilos com origem na melancolia das músicas de Morrissey, mas também os cantores que, assim como ele, ajudaram a construir a identidade do rock da década de 1980.
O artista plástico Rafael Perpétuo, de 29 anos, conta que o gosto pelas músicas do The Smiths e de Morrissey começou ainda na infância, com a ajuda do irmão mais velho, que chegou a presenteá-lo com uma coletânea do artista em vinil na década de 1990. A aproximação com o estilo do cantor e compositor inglês o ajudou a conhecer grupos que “estavam no meio do caminho”, como, para ele, é o caso do The Cure.
A “geração dark” da qual o artista fazia parte não pertencia apenas à juventude britânica e foi bem representada na capital mineira, por amantes do gótico, metal e diversos estilos de rock, do industrial ao eletrônico. A cena musical da capital mineira se reflete no público do show desta quarta-feira (7), o que reafirma a admiração de tantas pessoas a Morrissey, “o ícone maldito”, como explica Perpétuo. “Ele ainda é um underground, um dos pais do underground”, explica.
Para o estudante de música Pedro Gibson, de 21 anos, o cantor não faz parte da “moda”, apesar de já ter tido grande reconhecimento entre os anos 1982 e 1987, período em que a banda The Smiths foi criada e desfeita. O jovem, que conheceu o grupo por acidente, quando assistia vídeos de outros artistas, acredita que a sinceridade de Morrissey faz com que muitas pessoas se identifiquem com as canções ‘”melancólicas e misteriosas”. Há quatro anos, logo após "encontrar" Morrissey, Gibson decidiu conhecer toda a trajetória dele. O estudante, que estava no Canadá quando passou a ouvir as músicas do britânico, acredita que o estilo “não é para todo mundo não”.
Para o estudante de música Pedro Gibson, de 21 anos, o cantor não faz parte da “moda”, apesar de já ter tido grande reconhecimento entre os anos 1982 e 1987, período em que a banda The Smiths foi criada e desfeita. O jovem, que conheceu o grupo por acidente, quando assistia vídeos de outros artistas, acredita que a sinceridade de Morrissey faz com que muitas pessoas se identifiquem com as canções ‘”melancólicas e misteriosas”. Há quatro anos, logo após "encontrar" Morrissey, Gibson decidiu conhecer toda a trajetória dele. O estudante, que estava no Canadá quando passou a ouvir as músicas do britânico, acredita que o estilo “não é para todo mundo não”.
Apesar do público seleto, com faixa etária média de 30 anos, Morrissey não perdeu a vivacidade. “Já é um figurão da música”, diz Gibson.
Como um autêntico britânico, o show do cantor começou pontualmente às 22h, sob os gritos do público. Quando o telão, que antes projetava vídeos escolhidos pela equipe de produção do artista, caiu diante dos fãs Morrissey se apresentou em companhia com a banda. Tirando o cantor, o restante dos músicos vestia camisas com a mensagem “Assad is shit”, que em português significa “Assad é uma merda”. A frase foi feita ao presidente sírio Bashar Al Assad, criticado por um regime opressor e violento. Politizado, Morrissey também censura os maus tratos contra os animais e prega o vegetarianismo. Antes de começar a música “Meat is murder”, veio ao telão um vídeo condenando o massacre e abuso com os animais.
Durante o show, o cantor bate palmas, dança, grita, brinca com o microfone e ainda se arrisca no português ao dizer “Olá BH”. No repertório, canções de sucesso da carreira, como “Every day is like sunday”, “First of the gang to die” e “Please, please, please let me get what I want” animaram os fãs.
Como um autêntico britânico, o show do cantor começou pontualmente às 22h, sob os gritos do público. Quando o telão, que antes projetava vídeos escolhidos pela equipe de produção do artista, caiu diante dos fãs Morrissey se apresentou em companhia com a banda. Tirando o cantor, o restante dos músicos vestia camisas com a mensagem “Assad is shit”, que em português significa “Assad é uma merda”. A frase foi feita ao presidente sírio Bashar Al Assad, criticado por um regime opressor e violento. Politizado, Morrissey também censura os maus tratos contra os animais e prega o vegetarianismo. Antes de começar a música “Meat is murder”, veio ao telão um vídeo condenando o massacre e abuso com os animais.
Durante o show, o cantor bate palmas, dança, grita, brinca com o microfone e ainda se arrisca no português ao dizer “Olá BH”. No repertório, canções de sucesso da carreira, como “Every day is like sunday”, “First of the gang to die” e “Please, please, please let me get what I want” animaram os fãs.
Depois de terminar a música “Everyday is like sunday”, Morrissey se deitou no palco e para a felicidade de uma fã italiana de 46 anos, que prefere ser chamada apenas de Sabrina, ele se aproximou e estendeu a mão. “Foi lindo, foi emocionante, foi como um aperto de mão de um amigo. Meu coração está em lágrimas”, relatou a fã que estava em Londres em 1986, mas que até então não tinha ido a um show do cantor.
No fim, Morrissey agradece ao público pelo momento e diz em inglês “Não nos esqueça. Nós os amamos”. Algo que realmente será muito difícil para quem esteve presente.
Veja abaixo a lista de músicas tocadas por Morrissey:
1- "First of the gang to die"
2- "You have killed me"
3- "Black cloud"
4- "When last I spoke to Carol"
5- "Alma matters"
6- "Still ill"
7- "Everyday is like sunday"
8- "Speedway"
9- "You’re the one for me, fatty"
10- "I will see you in far off places"
11- "Meat is murder"
12- "Ouija board, ouija board"
13- "I know it’s over"
14- "Let me kyss your chords"
15- "There is a light that never goes out"
16- "I’m throwing my arms around Paris"
17- "Please, please, please let me get what I want"
18- "How soon is now?"
Extra: "One day goodbye will be farewell"
*Colaborou para essa matéria Sara Antunes
1- "First of the gang to die"
2- "You have killed me"
3- "Black cloud"
4- "When last I spoke to Carol"
5- "Alma matters"
6- "Still ill"
7- "Everyday is like sunday"
8- "Speedway"
9- "You’re the one for me, fatty"
10- "I will see you in far off places"
11- "Meat is murder"
12- "Ouija board, ouija board"
13- "I know it’s over"
14- "Let me kyss your chords"
15- "There is a light that never goes out"
16- "I’m throwing my arms around Paris"
17- "Please, please, please let me get what I want"
18- "How soon is now?"
Extra: "One day goodbye will be farewell"
*Colaborou para essa matéria Sara Antunes
Nenhum comentário:
Postar um comentário