A criatura humana é quase sempre causadora dos seus sofrimentos materiais e morais. Os sofrimentos materiais nem sempre dependem da vontade. Mas o orgulho ferido, a ambição frustrada, a ansiedade, a avareza, a inveja, o ciúme, todas as paixões, numa palavra, são torturas da alma. Tratemos especificamente do ciúme.
Fenômeno psicológico de insegurança, o ciúme é um desvio de comportamento afetivo. Quando não se tem uma autoestima equilibrada, não se acredita que alguém seja capaz de nos amar. E permanece-se em situação de infância psicológica. Quando alguém nos ama, duvidamos. Ficamos com o pé atrás, por acharmos que não merecemos. O indivíduo acaba por manter-se em aflição, por medo de perder a companhia. Diz o Espírito Joanna de Ângelis que esse tormento faz-se tão cruel, que se encarrega, inconscientemente, de afastar a outra pessoa, tornando-lhe a convivência insuportável, em face da geração de contínuos conflitos que o inseguro se permite. "A imaturidade psicológica daqueles que assim agem torna-se tão grave, que procura justificar o ciúme com o sal do amor, como se a afetividade tivesse qualquer tipo de necessidade de conflito, do sal da desconfiança", comenta a Benfeitora Espiritual.
Quando alguém lhe amar, creia. Às vezes o outro precisa justificar tanto, que até perde o sabor. Ter ciúme, vigiar o tempo todo não é amor, é tormento. Geralmente, sempre que confiamos no outro, o indivíduo responde positivamente. Todas as vezes que vigiamos, na primeira brecha o outro pode escapar; por que ninguém aguenta ficar o tempo todo sendo monitorado, cobrado, sufocado. Ninguém vigia sentimentos. Há pessoas que ao saírem na rua, o parceiro(a) tem que ficar olhando para o chão... Isso é um desrespeito.
Para o ciúme, o remédio é amar mais. A terapêutica da bondade juntamente com a psicoterapia especializada constituem elementos para a superação do ciúme. Mudar nossa paisagem mental e procurar adquirir o estado de plenitude. O amor é uma bênção; não, uma punição.
Nenhum comentário:
Postar um comentário